A corrosão do aço é uma das manifestações patológicas mais recorrentes no concreto armado, pois proporciona uma série de problemas que vão desde aspectos estéticos, com o processo de surgimento de fissuras e posterior desplacamento do concreto pela reação expansiva do óxido de ferro, até estruturais, sendo esse último, ocasionado pela perda de seção crítica do aço. Entre as causas, a corrosão por íons livres de cloreto (Cl−) é uma das mais graves, em decorrência da penetração do íon no concreto por meio da umidade nos poros e pela despassivação do aço, ocorrendo de forma pontual e rápida. É de difícil identificação, apresentando evidências em estados avançados de corrosão. Uma das formas de identificação da presença do cloreto no concreto é por ensaios qualitativos por aspersão de Nitrato de Prata que em comparação a outros métodos traz a versatilidade da execução in loco, fácil aplicação e custo reduzido. Diante disso, o experimento realizado tem como objetivo analisar a eficiência do método colorimétrico de aspersão por nitrato de prata (AgNO3) na identificação qualitativa da presença de íons livres de cloreto (Cl-). Com o intuito de acelerar a reação dos íons de cloretos, os corpos de provas cilíndricos (100mm x 200mm) de concreto com resistência característica de 30Mpa foram expostos a ciclos de 7 dias em submersão em solução aquosa de NaCl a 10% e 7 dias em secagem à temperatura ambiente. Após esses ciclos, os corpos de prova foram rompidos a tração por compressão diametral pois a configuração da ruptura facilita a análise da penetração, em seguida foi aspergido a solução com concentração a 0,1N de Nitrato de Prata (AgNO3). A partir dos resultados pode-se observar a efetividade do método para indicar a presença e profundidade de penetração do cloreto no concreto.